Ainda estava de tarde, o sol pela janela o convidava a sair de casa, a vontade de dirigir gritava cada vez mais alto em sua cabeça. Ele ainda tinha apenas dezessete anos, faltava apenas um ano para tirar sua carteira, mas como a maioria dos brasileiros já sabia dirigir.
Ligou pro seu pai e pediu para sair com o carro. - Claro filho, só não pode pegar nenhuma estrada, nem sair pra muito longe, se não, sabe que o guarda multa, né?
_ Claro pai, não esquenta, só vou dar umas voltinhas por aqui mesmo! - Disse ele ao desligar o telefone entusiasmado.
Entrou no quarto de seus pais para pegar a chave do carro, sua mãe estava cochilando, e como ele sabia que se ela acordasse não o deixaria sair com o carro, foi andando sorrateiramente até a mesinha onde estava a chave. Não adiantou...
_ O que você ta fazendo aqui dentro garoto? - o pergunta sua mãe, ainda meio sonolenta.
_ Só tava vendo se você ta bem mãe, parece que ouvi algum barulho vindo daqui... - Mentiu ele
_ É, eu estava até você me acordar, vai fazer alguma coisa, me deixa dormir...
_ Perdão mãe! - Disse ele ao pegar a chave do carro e sair.
Finalmente ele poderia sair de casa, colocou seus óculos escuros, ligou o carro...
_ Ei menino, aonde você vai? Ta maluco? - Perguntava sua empregada pela janela do carro.
_ Ah, não enche vai, meu pai deixou, abre lá o portão da garagem pra mim.
_ Cada vez mais abusadinho né menino? - Retrucou a empregada que a passos lentos se dirigiu até o portão da garagem e o abriu.
Enfim saiu de casa, o vento adentrava a janela do carro tocando sua pele, sua mão manuseava as marchas do carro como um profissional, seus pés sabiam a exata medida para acelerar e frear o carro, o volante deslizava em seus dedos... Em meio a tanta tranqüilidade resolveu ir à casa de uma amiga que ficava num bairro próximo.
Ele já estava chegando na casa dessa amiga quando o telefone tocou, e ele, mesmo estando ao volante atendeu.
_ Por favor senhor, me desculpe! - era sua empregada desesperada.
_ O que aconteceu Tereza?
_ Quando abri a porta para o senhor sair com o carro sua cachorrinha fugiu, eu tentei correr atrás dela, mas ela é muito rápida, acabei a perdendo de vista.
_ Droga, eu vou rodar por aí pra vê se a encontro - Disse ele já manobrando o carro.
Ele sempre amou os animas, principalmente os seus, e por isso havia ficado exuberantemente tenso com esta notícia. Sua cachorrinha não passava de um pequeno poodle, e tendo em vista que ele morava em uma avenida movimentadíssima, já esperava o pior. Ficou com muita raiva de sua empregada!
Já haviam se passado trinta minutos que ele estava rondando os arredores de sua casa a procura do animal perdido sem sucesso. O nervosismo já não o deixava prestar atenção no que se passava ao seu redor, a falta de experiência no volante começava a pesar. Ele chegou a fazer uma ou duas besteiras no volante, mas graças a experiência do outro motorista acabaram não lhe trazendo maiores conseqüências.
Ele já estava perto de desistir, colocar o carro na garagem e voltar a procurar sua cadelinha de bicicleta ou a pé, quando viu sua cachorra correndo pela calçada esquerda da rua, seu coração acelerou, ele imediatamente desceu do carro e saiu correndo atrás da cachorra. A cachorrinha assustada entrou pela brecha do portão de uma casa e ele pontualmente começou a bater na porta gritando o nome da cadela.
Uma menina de mais ou menos vinte e dois anos o atendeu, ela tinha os olhos tristes, todavia uma voz alegre e amigável. Nos seus pés, chinelos que de longe se percebia que já haviam sido remendados inúmeras vezes, sua roupa já estava bem surrada, e no seu rosto, além de uma cicatriz enorme, carregava também um hematoma que cobria quase todo o lado esquerdo de sua testa. - O que foi menino? - perguntou ela - O que aconteceu?
_ Desculpa estar te perturbando, mas é que a minha cachorra fugiu e parece que a vi entrando em sua casa por essa brecha que tem no portão - disse ele apontando para o buraco que havia no portão.
_ Entre menino, vamos ver se a encontramos aqui no quintal...
Os dois procuravam a cadelinha enquanto um homem moreno, alto, bem vestido, com um cordão de prata que reluzia à luz do sol, saiu pela porta de uma casinha que tinha na parte da frente daquele grande e bagunçado quintal, segurando bruscamente em seus braços o animal em questão.
_ É isso aqui que esse garoto tá procurando? - Perguntou ele a menina em um tom áspero
_ Sim!!! - Intrometeu-se ele num grito de desabafo - nem sei como te agradecer!
O homem continuou parado o olhando friamente, abaixou a cachorra no chão, que imediatamente pulou no colo de seu dono, e com um olhar peculiar que demonstrava certa irritação com tudo aquilo, adentrou novamente a sua "cabaninha". A menina, com um olhar cansado, também não disse sequer uma palavra, o acompanhou até metade do caminho, fez sinal de positivo para o menino e em seguida voltou para sua casa enquanto ele saia. Ele ainda chegou a ouvir alguns gritos enquanto fechava o portão, parecia que esse casal estava discutindo, mas já da rua, com o que procurava em seus braços, aquilo não era mais problema dele. Ele sentia-se orgulhoso em ter encontrado o animal, e principalmente sentia-se sortudo ao encontrá-la viva.
Esbanjando felicidade, caminhou até onde ele havia deixado o carro, mas logo ele teria uma surpresa: ele havia achado a sua cadelinha, mas jamais encontraria o carro de seu pai novamente, pois na pressa, havia o deixado estacionado em uma calçada, com os vidros abertos e com a chave na ignição...
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Você deve estar se perguntando...
Por que o título da postagem é "O Ato De Sonhar" já que em nada se fala em sonhos?
Bom, o nome da postagem é esse, porque essa história trata-se de um sonho que eu tive noite retrasada e que achei interessante, portanto resolvi postar no blog.
Quase todas as vezes que sonho, acordo com a mesma sensação que acordei dessa vez, estilo: Ufa, graças a Deus foi apenas um sonho! =)
Ligou pro seu pai e pediu para sair com o carro. - Claro filho, só não pode pegar nenhuma estrada, nem sair pra muito longe, se não, sabe que o guarda multa, né?
_ Claro pai, não esquenta, só vou dar umas voltinhas por aqui mesmo! - Disse ele ao desligar o telefone entusiasmado.
Entrou no quarto de seus pais para pegar a chave do carro, sua mãe estava cochilando, e como ele sabia que se ela acordasse não o deixaria sair com o carro, foi andando sorrateiramente até a mesinha onde estava a chave. Não adiantou...
_ O que você ta fazendo aqui dentro garoto? - o pergunta sua mãe, ainda meio sonolenta.
_ Só tava vendo se você ta bem mãe, parece que ouvi algum barulho vindo daqui... - Mentiu ele
_ É, eu estava até você me acordar, vai fazer alguma coisa, me deixa dormir...
_ Perdão mãe! - Disse ele ao pegar a chave do carro e sair.
Finalmente ele poderia sair de casa, colocou seus óculos escuros, ligou o carro...
_ Ei menino, aonde você vai? Ta maluco? - Perguntava sua empregada pela janela do carro.
_ Ah, não enche vai, meu pai deixou, abre lá o portão da garagem pra mim.
_ Cada vez mais abusadinho né menino? - Retrucou a empregada que a passos lentos se dirigiu até o portão da garagem e o abriu.
Enfim saiu de casa, o vento adentrava a janela do carro tocando sua pele, sua mão manuseava as marchas do carro como um profissional, seus pés sabiam a exata medida para acelerar e frear o carro, o volante deslizava em seus dedos... Em meio a tanta tranqüilidade resolveu ir à casa de uma amiga que ficava num bairro próximo.
Ele já estava chegando na casa dessa amiga quando o telefone tocou, e ele, mesmo estando ao volante atendeu.
_ Por favor senhor, me desculpe! - era sua empregada desesperada.
_ O que aconteceu Tereza?
_ Quando abri a porta para o senhor sair com o carro sua cachorrinha fugiu, eu tentei correr atrás dela, mas ela é muito rápida, acabei a perdendo de vista.
_ Droga, eu vou rodar por aí pra vê se a encontro - Disse ele já manobrando o carro.
Ele sempre amou os animas, principalmente os seus, e por isso havia ficado exuberantemente tenso com esta notícia. Sua cachorrinha não passava de um pequeno poodle, e tendo em vista que ele morava em uma avenida movimentadíssima, já esperava o pior. Ficou com muita raiva de sua empregada!
Já haviam se passado trinta minutos que ele estava rondando os arredores de sua casa a procura do animal perdido sem sucesso. O nervosismo já não o deixava prestar atenção no que se passava ao seu redor, a falta de experiência no volante começava a pesar. Ele chegou a fazer uma ou duas besteiras no volante, mas graças a experiência do outro motorista acabaram não lhe trazendo maiores conseqüências.
Ele já estava perto de desistir, colocar o carro na garagem e voltar a procurar sua cadelinha de bicicleta ou a pé, quando viu sua cachorra correndo pela calçada esquerda da rua, seu coração acelerou, ele imediatamente desceu do carro e saiu correndo atrás da cachorra. A cachorrinha assustada entrou pela brecha do portão de uma casa e ele pontualmente começou a bater na porta gritando o nome da cadela.
Uma menina de mais ou menos vinte e dois anos o atendeu, ela tinha os olhos tristes, todavia uma voz alegre e amigável. Nos seus pés, chinelos que de longe se percebia que já haviam sido remendados inúmeras vezes, sua roupa já estava bem surrada, e no seu rosto, além de uma cicatriz enorme, carregava também um hematoma que cobria quase todo o lado esquerdo de sua testa. - O que foi menino? - perguntou ela - O que aconteceu?
_ Desculpa estar te perturbando, mas é que a minha cachorra fugiu e parece que a vi entrando em sua casa por essa brecha que tem no portão - disse ele apontando para o buraco que havia no portão.
_ Entre menino, vamos ver se a encontramos aqui no quintal...
Os dois procuravam a cadelinha enquanto um homem moreno, alto, bem vestido, com um cordão de prata que reluzia à luz do sol, saiu pela porta de uma casinha que tinha na parte da frente daquele grande e bagunçado quintal, segurando bruscamente em seus braços o animal em questão.
_ É isso aqui que esse garoto tá procurando? - Perguntou ele a menina em um tom áspero
_ Sim!!! - Intrometeu-se ele num grito de desabafo - nem sei como te agradecer!
O homem continuou parado o olhando friamente, abaixou a cachorra no chão, que imediatamente pulou no colo de seu dono, e com um olhar peculiar que demonstrava certa irritação com tudo aquilo, adentrou novamente a sua "cabaninha". A menina, com um olhar cansado, também não disse sequer uma palavra, o acompanhou até metade do caminho, fez sinal de positivo para o menino e em seguida voltou para sua casa enquanto ele saia. Ele ainda chegou a ouvir alguns gritos enquanto fechava o portão, parecia que esse casal estava discutindo, mas já da rua, com o que procurava em seus braços, aquilo não era mais problema dele. Ele sentia-se orgulhoso em ter encontrado o animal, e principalmente sentia-se sortudo ao encontrá-la viva.
Esbanjando felicidade, caminhou até onde ele havia deixado o carro, mas logo ele teria uma surpresa: ele havia achado a sua cadelinha, mas jamais encontraria o carro de seu pai novamente, pois na pressa, havia o deixado estacionado em uma calçada, com os vidros abertos e com a chave na ignição...
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Você deve estar se perguntando...
Por que o título da postagem é "O Ato De Sonhar" já que em nada se fala em sonhos?
Bom, o nome da postagem é esse, porque essa história trata-se de um sonho que eu tive noite retrasada e que achei interessante, portanto resolvi postar no blog.
Quase todas as vezes que sonho, acordo com a mesma sensação que acordei dessa vez, estilo: Ufa, graças a Deus foi apenas um sonho! =)
18 Comments:
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Que sonho grande, heim? rsrsrs
Bjo, moço.
Foi bom na hora de acordar que eu tive a mesma sensação que você "Uffa,ainda bem que foi só um sonho".
Beijos.
Ainda bem mesmo que foi um sonho.
Oh, continua escrevendo seus sonhos viu...Eles está bem escreito, rico em descrições detalhadas...
Seu sonho ganhou uma realidade no blog. Não sei bem se isso é bom. haha...Mas gostei de te ler.
Bjo
Parabens...
Se cuidah*
Nos sonhos tudo é possível: o forte se torna fraco; o trevoso, alvo; o medo, coragem. Mas o que impede um sonho de se tornar realidade? Nós. Apenas nós.
http://jessicahberdych.blogspot.com/
Volte sempre ao meu blog!
Beijos
Abrazz!
http://blogataverna.blogspot.com/
Tem um selo no meu blog para vc,
depois passa lá e pega ok?
Bjuls
http://jessicahberdych.blogspot.com/
Que mente fértil hein? hehe...
Vc naum viu os sonhos loucos da minha mãe...
Vai o de ontem que ela me falou hoje:
minah mãe sonhou que meu mano tava bricando com uma cobra 'PITON' e a cobra tinha uma boca muito grande. Os dois brincavam igual um dono brinca ocm um cachorro. Minha mãe viu a cobra lambendo o meu mano com aquela língua de cobra, passando por cima dele e de repente quando a cobra foi picar o meu mano, ele acordou assustada, hehe.
Isso foi o que ela disse hoje.
Seu sonho pode vira filme de Holywood.
Eu tbm tenhos sonhos doidos.
Como um em q eu começo a voar por cima da minha casa, ou começo a descer TERRA abaixo e acordo com um baita frio na barriga, kkk.
Hoje, acho que num vai dá pra postar um agradecimento. Hoje eu coloquei livros e otras coisas no armário novo e acabei agora poko.
Vôo ter que sair.
Nesses dias eu tava viajando e não pude mexer no blog.
Veja o que aconteceu nas minhas férias me Franca!
Amanhã eu posto o agrdecimento e posto normalmente.
Muito obrigado aê =D. Meu blog não merece tanto. Ele ainda é novo e precisa melhorar muito.
Abraço!!!!!!!!
Eu perdi a que tah passando na tv porcausa do trabalhO, mas eu sou viciadO! =/"
deculpe a demora em responder...
aqui tem todos os episódios..
http://www.seriesbr.net/2007/10/supernatural.html
bom divertimento.
Muito estranho isso, já
que dizem que todos sonham todas as noites.
Mais sei la, eu nunca lembro então :)
heuhauaha'
Beeijão ;*