Por favor, será que alguma alma caridosa pode recolher meus pedaços? Eu tentei, eu tentei... Tentei ser forte, soterrar meus erros, esquecê-los e seguir em frente. Tentei não voltar atrás, tentei voltar atrás! Nada...
Será que alguma alma caridosa pode, por gentileza, retribuir 1% do carinho que eu a dediquei? Eu tentei ser legal com todos, eu tentei ser rude com todos. Não consegui!
Será que alguma alma caridosa pode, pelo amor de Deus, me ensinar a viver? Eu ainda não aprendi, faltei a todas as aulas, estava ocupado aprendendo a conjugar verbos. Achava que os verbos eram mais importantes...
"I tried, one more night, one more night
Well I'm laughing', crying', laughing'
I tried, well I tried, well I tried
Cause I tried, but I lied
I tried, I tried, I tried"
De tudo, ao meu amor seria atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encantaria mais meu pensamento
Queria vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor ia espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procurasse
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu poderia lhe dizer do amor (que tive):
Que não fosse imortal, posto que era chama
Mas que fosse infinito enquanto durasse.
(Intertextualidade com o "soneto de fidelidade" de Vinícius de Moraes)
