~> O Ato De Sonhar


Ainda estava de tarde, o sol pela janela o convidava a sair de casa, a vontade de dirigir gritava cada vez mais alto em sua cabeça. Ele ainda tinha apenas dezessete anos, faltava apenas um ano para tirar sua carteira, mas como a maioria dos brasileiros já sabia dirigir.

Ligou pro seu pai e pediu para sair com o carro. - Claro filho, só não pode pegar nenhuma estrada, nem sair pra muito longe, se não, sabe que o guarda multa, né?
_ Claro pai, não esquenta, só vou dar umas voltinhas por aqui mesmo! - Disse ele ao desligar o telefone entusiasmado.

Entrou no quarto de seus pais para pegar a chave do carro, sua mãe estava cochilando, e como ele sabia que se ela acordasse não o deixaria sair com o carro, foi andando sorrateiramente até a mesinha onde estava a chave. Não adiantou...
_ O que você ta fazendo aqui dentro garoto? - o pergunta sua mãe, ainda meio sonolenta.
_ Só tava vendo se você ta bem mãe, parece que ouvi algum barulho vindo daqui... - Mentiu ele
_ É, eu estava até você me acordar, vai fazer alguma coisa, me deixa dormir...
_ Perdão mãe! - Disse ele ao pegar a chave do carro e sair.

Finalmente ele poderia sair de casa, colocou seus óculos escuros, ligou o carro...
_ Ei menino, aonde você vai? Ta maluco? - Perguntava sua empregada pela janela do carro.
_ Ah, não enche vai, meu pai deixou, abre lá o portão da garagem pra mim.
_ Cada vez mais abusadinho né menino? - Retrucou a empregada que a passos lentos se dirigiu até o portão da garagem e o abriu.

Enfim saiu de casa, o vento adentrava a janela do carro tocando sua pele, sua mão manuseava as marchas do carro como um profissional, seus pés sabiam a exata medida para acelerar e frear o carro, o volante deslizava em seus dedos... Em meio a tanta tranqüilidade resolveu ir à casa de uma amiga que ficava num bairro próximo.

Ele já estava chegando na casa dessa amiga quando o telefone tocou, e ele, mesmo estando ao volante atendeu.
_ Por favor senhor, me desculpe! - era sua empregada desesperada.
_ O que aconteceu Tereza?
_ Quando abri a porta para o senhor sair com o carro sua cachorrinha fugiu, eu tentei correr atrás dela, mas ela é muito rápida, acabei a perdendo de vista.
_ Droga, eu vou rodar por aí pra vê se a encontro - Disse ele já manobrando o carro.

Ele sempre amou os animas, principalmente os seus, e por isso havia ficado exuberantemente tenso com esta notícia. Sua cachorrinha não passava de um pequeno poodle, e tendo em vista que ele morava em uma avenida movimentadíssima, já esperava o pior. Ficou com muita raiva de sua empregada!

Já haviam se passado trinta minutos que ele estava rondando os arredores de sua casa a procura do animal perdido sem sucesso. O nervosismo já não o deixava prestar atenção no que se passava ao seu redor, a falta de experiência no volante começava a pesar. Ele chegou a fazer uma ou duas besteiras no volante, mas graças a experiência do outro motorista acabaram não lhe trazendo maiores conseqüências.

Ele já estava perto de desistir, colocar o carro na garagem e voltar a procurar sua cadelinha de bicicleta ou a pé, quando viu sua cachorra correndo pela calçada esquerda da rua, seu coração acelerou, ele imediatamente desceu do carro e saiu correndo atrás da cachorra. A cachorrinha assustada entrou pela brecha do portão de uma casa e ele pontualmente começou a bater na porta gritando o nome da cadela.

Uma menina de mais ou menos vinte e dois anos o atendeu, ela tinha os olhos tristes, todavia uma voz alegre e amigável. Nos seus pés, chinelos que de longe se percebia que já haviam sido remendados inúmeras vezes, sua roupa já estava bem surrada, e no seu rosto, além de uma cicatriz enorme, carregava também um hematoma que cobria quase todo o lado esquerdo de sua testa. - O que foi menino? - perguntou ela - O que aconteceu?
_ Desculpa estar te perturbando, mas é que a minha cachorra fugiu e parece que a vi entrando em sua casa por essa brecha que tem no portão - disse ele apontando para o buraco que havia no portão.
_ Entre menino, vamos ver se a encontramos aqui no quintal...

Os dois procuravam a cadelinha enquanto um homem moreno, alto, bem vestido, com um cordão de prata que reluzia à luz do sol, saiu pela porta de uma casinha que tinha na parte da frente daquele grande e bagunçado quintal, segurando bruscamente em seus braços o animal em questão.
_ É isso aqui que esse garoto tá procurando? - Perguntou ele a menina em um tom áspero
_ Sim!!! - Intrometeu-se ele num grito de desabafo - nem sei como te agradecer!

O homem continuou parado o olhando friamente, abaixou a cachorra no chão, que imediatamente pulou no colo de seu dono, e com um olhar peculiar que demonstrava certa irritação com tudo aquilo, adentrou novamente a sua "cabaninha". A menina, com um olhar cansado, também não disse sequer uma palavra, o acompanhou até metade do caminho, fez sinal de positivo para o menino e em seguida voltou para sua casa enquanto ele saia. Ele ainda chegou a ouvir alguns gritos enquanto fechava o portão, parecia que esse casal estava discutindo, mas já da rua, com o que procurava em seus braços, aquilo não era mais problema dele. Ele sentia-se orgulhoso em ter encontrado o animal, e principalmente sentia-se sortudo ao encontrá-la viva.

Esbanjando felicidade, caminhou até onde ele havia deixado o carro, mas logo ele teria uma surpresa: ele havia achado a sua cadelinha, mas jamais encontraria o carro de seu pai novamente, pois na pressa, havia o deixado estacionado em uma calçada, com os vidros abertos e com a chave na ignição...


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Você deve estar se perguntando...
Por que o título da postagem é "O Ato De Sonhar" já que em nada se fala em sonhos?
Bom, o nome da postagem é esse, porque essa história trata-se de um sonho que eu tive noite retrasada e que achei interessante, portanto resolvi postar no blog.
Quase todas as vezes que sonho, acordo com a mesma sensação que acordei dessa vez, estilo: Ufa, graças a Deus foi apenas um sonho! =)

Fiquei um dia sem entrar na internet e mesmo assim o povo parece que não me esqueceu, ganhei mais três prêmios, que são respectivamente:

Prêmio Dardos.
Esse eu ganhei do blog Be happy :)
Obrigado Thaís! *-*

O Prêmio Dardos tem como objetivo reconhecer os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e palavras.
O Prêmio Dardos tem certas regras:
1. Aceitar exibir a distinta imagem.
2. Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
3. Escolher quinze 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos.

Repasso esse selo aos blogs:
~> Gabriel → Bloga╝
~>
Infoxcomp
~> Culturatups
~> História Antiga Medieval
~> noonsense

Obs: Como eu achei um exagero ter que repassar pra quinze pessoas eu to passando só para cinco! Se alguém estiver afim do selo, é só pedir que eu vou olhar o blog, caso seja merecedor eu o dou!
Obs²: Como eu achei um absurdo o selo não ter ao menos o seu nome escrito, eu mesmo escrevi.

Esse Blog Me Dá Asas!
Esse eu ganhei do blog que o criou. De primeiríssima mão. _o/
Obrigado novamente Thaís!
Não esqueçam de visitar o blog dela:
Be happy :)

O selo é um reconhecimento da criatividade que cada blogueiro tem ao fazer suas posts. Deve ser repassado para no mínimo três pessoas, indicando o blog do qual recebeu o selo, mostrando a imagem :)

Repasso esse selo aos blogs:
~> Infoxcomp
~> Palavras de um futuro bom.
~> Gabriel → Bloga╝
~> noonsense

Esse Blog É Quente!!!
Recebi do blog "
Palavras de um futuro bom"
Muito obrigado Aline! Me deixou muito feliz mesmo! =*

Repasso esse selo aos blogs:
~>
Infoxcomp
~> noonsense
~>
Gabriel → Bloga╝


Blog Consciente
Queria agradescer ao blog 'descriticas' pela premiação!
Muitíssimo obrigado!
Por favor, visitem o blog
Descríticas, vale muito a pena!

"O selo tem o intuito de parabenizar os blogues que possuem o objetivo maior de informar sem nenhuma amarra seus leitores, aqueles que prezam pela informação livre, sem preconceitos, com todos os pontos de vista, enfim, que buscam o esclarecimento."

~> Desde Sempre Para Sempre


Eu sempre gostei da sintonia com a natureza, eu sempre achei que o homem deveria ser o melhor amigo do mundo e não seu pior pesadelo.

Eu sempre gostei de escrever, sempre tive uma visão crítica sobre tudo e todos, sejam elas positivas ou negativas. Sempre revelei meus pensamentos, sempre expus minhas opiniões. Eu sempre fui eu mesmo!!!

Sempre lutei e lutarei por um mundo melhor, mas se eu falhei, se eu falhar, eu terei minha consciência tranqüila de que independentemente de democracia, monarquia ou qualquer outro "objeto" político, eu fiz a minha parte como cidadão!

E você? Também tem sua consciência tranqüila?
Reflita!!! O mundo anseia pela sua ajuda!
E nunca, jamais faça algo que você poderá se arrepender depois.


Tradução: Agora olhe o que você fez.
Direitos autorais do vídeo:
nowlookwhatyoudid

~> Este Blog Me Fez Feliz!

Antes de tudo queria agradecer ao blog Be happy por premiar o blog com o selo: "Este Blog me fez Feliz!"
Muito obrigado!!!

Este selo é atribuído ao blog que por algum motivo nos fez feliz. Por isso, também fico muito feliz em saber que o meu blog deixa não só eu, como outras pessoas felizes também!

Tô indicando para receber o selo dois blogs:
~>
Musicholic
~> O Pernambucano

Obrigado por me fazerem feliz!

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Ser feliz não é ser livre,
Não é conseguir aquele(a) gato(a) que você tanto deseja,
Nem tão pouco ser rico.
Ser feliz é simples e unicamente: ser feliz!
Seja feliz!

~> Esse Blog É Uma Maravilha

Ganhei essa manha o selo: "Esse blog é uma maravilha"
Estou muito feliz por mais essa premiação, isso prova que todo o meu trabalho não é em vão.
Queria agradecer muito o blog O pernambucano pelo selo e parabenizar o Sr. Gutemberg Xavier pela idealização do mesmo que visa a premiação de blogs com idéias originais e envolventes, e que como colocado pelo próprio, são considerados verdadeiras maravilhas da blogosfera. Obrigado!

Em falar em maravilhas, seria impossível deixar de lado a candidatura de Fernando de Noronha como uma das sete maravilhas naturais do mundo.
Não deixem de votar nesse patrimônio não só de Pernambuco, mas de todo o Brasil.
Clique na imagem para votar.

Aproveitando a oportunidade, queria agradecer também ao blog ησσŋseиsє por presentear o blog com o que passa a ser seu primeiro Meme!
Primeiramente queria agradecer pela consideração do amigo Hαſαη pela premiação!

Mas, o que é um Meme?
Trata-se do meme "Acrescentando cultura à sua vida", que serve para enriquecer seus conhecimentos sobre determinados assuntos, onde quem recebe deve entrar no Wikipédia, ir a página aleatória, copiar o primeiro parágrafo, postar no Blog e convidar mais três blogs para participar da Brincadeira.

Burlando um pouco as regras, queria falar um pouco sobre Fernando de Noronha para reforçar a sua candidatura como uma das sete maravilhas naturais do mundo:


"Fernando de Noronha ou Fernão de Noronha é um arquipélago brasileiro pertencente ao Estado de Pernambuco, formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte. Constitui um distrito do estado de Pernambuco desde 1988, quando deixou de ser um território federal cuja sigla era FN. É gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado. A ilha principal tem 17 km² e fica a 545 km de Recife, capital de Pernambuco, a 360 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte, a 830Km de Fortaleza, capital do Ceará, e a 1220 Km de Salvador, capital da Bahia.


Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, com cerca de 8 km², para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris) que lá se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta."
Créditos ao Texto sobre Fernando de Noronha: Wikipédia
Créditos pela imagem de Fernando de Noronha:
Bonito Pantanal


•Meus indicados ao memo e ao selo são:
~> Lokura Loka
~> Be happy (:
~> Thamires :D
~> História Antiga e Medieval
~> Gabriel → Bloga╝



Ele só queria desejar feliz dia dos amigos pra mais uma pessoa, mas essa pessoa pelo que parecia, não aceitava a sua amizade... Fazer o quê? Tentar esquecer... :)

"Se é assim que tudo deve acabar
Vou procurar seguir em frente, sem me preocupar
Nós já sabemos onde erramos
Não há mais nado o que fazer
A não ser esperar o tempo mudar..."

~> Blog Massa!

É com muita satisfação que eu recebi mais um selo hoje!
Trata-se do selo: Blog Massa!
Primeiramente queria agradecer ao blog: "O Pernambucano", um blog recheado de informações privilegiadas a respeito do povo pernambucano. Vale a pena visitar!
Muito obrigado pelo selo! Adorei! *.*

O selo BLOG MASSA visa premiar blogs com um conteúdo legal, original e inteligente na blogosfera. Quem recebe o selo, deverá fazer uma postagem contendo o selo, o link do blog de quem te deu o selo e uma lista dos blogs que você considere merecedores da premiação.

No meu caso, quero presentear com o selo, blog's que com certeza são muito importantes pra mim, como os blog's:

~> Thamires Sousa
~> NoonSense
~> Lauriinha

Três blog's que pra mim, muito alem da boa escrita e do jeito cativante o qual seus autores o escrevem, são blog's com um conteúdo espetacular! Vale a pena fazer uma visita!

Ele ainda era apenas uma criança, que da varanda de sua casa observava seus amigos jogarem bola na rua, que debaixo de seu cobertor escutava os gritos de seus pais brigando e os passos sorrateiros de sua irmã caminhando pela casa de madrugada. Ele era uma criança que tinha tudo que milhares de crianças do mundo inteiro gostariam de ter: Brinquedos, roupas de marca... Literalmente tudo que ele desejava seus pais pontualmente o compravam [...]

Já haviam se passado quarenta minutos e nada de sua mãe lhe buscar. As crianças do 2º turno de sua escolinha já começavam a chegar, o seu dedo já estava começando a ficar dormente das inúmeras vezes que havia ligado para sua mãe, para o seu pai, para sua irmã... Nada! Resolveu caminhar até sua casa. - Eles devem estar ocupados em alguma reunião da empresa - Pensou.

No caminho passou por um grupo de crianças de sua idade que jogavam futebol, eles pareciam se divertir, o fez lembrar do único momento em que seu pai pegou numa bola para brincar com ele. Ele tinha cerca de cinco anos nessa época, mas mesmo assim ainda lembrava-se como se fosse hoje da imagem de seu pai agachado jogando a bola em seus pés. Com cinco anos, sem ao menos saber o que era futebol, o que ele queria que ele fizesse? Pelo jeito ele queria que o moleque saísse o driblando, pois nunca mais pegou numa bola pra brincar com seu filho alegando que ele não gostava de futebol apenas porque o garoto não sabia o que fazer com a bola. Lamentável...

Continuou caminhando até sua casa, ainda não havia passado da metade do caminho, mas já estava cansado. Ele jamais conseguiria imaginar do conversível de seu pai que o caminho até seu lar poderia ser tão cansativo, aliás, ele não sabia, mas existiam muitas coisas que ele nem imaginava que existiam.

Lembrou-se da última semana na escola, do dia em que se tornou chacota. Ele definitivamente não sabia lidar com as garotas, não conseguia ter amigos, pois simplesmente não tinha assunto com eles. Ele crescera dentro de casa, trancado, ouvindo sua mãe conversando com a vizinha sobre as novas receitas do programa da "Ana Maria Braga", ou vendo sua irmã brincar de boneca com alguma prima, quando não brincava sozinha. Em nenhum momento de sua vida lembrava-se de algo agradável que fizera com seu pai.

Todo mundo, por mais machão que seja precisa de uma figura pra se espelhar, o mundo não nos ensina nada, se fosse assim seriamos como plantas, nasceríamos da terra.

Ofegante chegou em sua casa, bebeu dois litros de água, ouviu seu pai xingar sua mãe lhe dizendo que era obrigação dela ter ido buscá-lo na escola, procurou sua bombinha e se pôs a janela de seu quarto a observar os outros garotos jogando futebol novamente. São coisas que o vento leva, assim como levava suas lágrimas, mas que nem a maior das tempestades conseguiria apagar...

E mais uma manha na lástima do silêncio. Tudo que ele queria era poder levantar de sua cama e tomar café da manha com sua família todas as manhas antes de ir pra escola, isso lhe faria tão bem...
"Ei pai, olhe para mim
Pense de novo e converse comigo
Eu cresci de acordo com seus planos ?"

O relógio marcava sete da manha, ele já estava atrasado pra ir pra escola, ele havia avisado no dia anterior que tinha prova de literatura e precisava acordar cedo pra estudar antes de sair, mas mesmo assim seu pai andava pela casa se preparando para ir pro trabalho sem se preocupar se ele ainda estava dormindo e ia se atrasar pra escola.
"Parece que você não se importa mais
E agora eu dou duro para ser bem sucedido
Eu só quero te deixar orgulhoso
Mas nunca vou ser bom o bastante para você
"


Na escola, a prova não estava difícil, ele sabia de tudo aquilo da mesma maneira que sabia seu nome, mas mesmo com a ajuda de sua professora que relutantemente quase lhe dava as respostas ele não conseguia entender nada...
"Eu não posso fingir que eu estou bem
Eu tento não pensar
Sobre a dor que eu sinto por dentro
Mas dói quando você desaprova tudo
"


Ao chegar da escola, tentou almoçar junto de seu pai. Quem sabe não rolava um assunto sobre futebol, ou qualquer outro que os proporcionasse bons momentos juntos?
Esperou a hora em que seu pai chegaria para almoçar, mas logo desistiu ao ouvir seus gritos que reclamavam de tudo, ele sabia que se ele aparecesse por perto seu pai brigaria com ele, mesmo que não tivesse nenhum motivo pra isso. Resolveu então esperar que ele almoçasse e dormisse para que enfim pudesse almoçar sozinho como sempre.
"Por favor, não vire as costas

Não consigo acreditar que é difícil
Eu só quero falar com você
Mas você nunca entende..."

Após almoçar, deitou-se em sua cama e ficou relembrando os momentos de sua infância: sua mãe que o acordava todos os dias e o encorajava a ir pra escola, dos momentos em que perdia olhando pela brecha do portão esperando seu pai chegar do trabalho, das surras que sua mãe lhe dava quando fazia algo errado... Como ele sentia saudades!
"Você sabia que era meu herói ?!
Todos os dias que você passou comigo
Agora parecem tão distantes...
"


Mergulhado em suas lembranças ele havia pegado no sono, até ser acordado pelas bruscas batidas de seu pai na janela de seu quarto. A janela fechada o impedia de ouvir o que ele estava falando, mas dava pra perceber claramente pelos seus gestos que ele estava furioso e provavelmente xingava inúmeros palavrões. Seus joelhos tremiam, ele tinha medo de abrir a janela, mesmo sem entender o que ele tinha feito de errado.
"Eu não posso suportar outra briga
Pois nada está bem"

Ao abrir a janela, era como se ele estivesse abrindo o portal do inferno, palavras baixas seguidas de insultos e obscenidades, palavras que ele jamais conseguirá esquecer em sua vida. Palavras que não eram apenas palavras, pelo menos não pra ele. Foram palavras que o machucaram, palavras que o perseguiram em alto e bom som até a rua e que com certeza o perseguirá pelo resto de sua vida por algo que nem ao menos era culpado e que mesmo que fosse, era tão banal que até mesmo um mendigo de rua seria capaz de repor o prejuízo.
"Nada vai mudar as coisas que você disse
Nada vai fazer isto ficar bem de novo
"

Em prantos, subiu em sua bicicleta e pedalou até onde suas pernas agüentavam, deixando pra trás aquele, que mesmo nunca tendo se importado em fazer algo para o seu bem: ERA o seu herói.
"Porque nós perdemos tudo que temos?
Nada dura pra sempre
"


É claro que ele voltou pra casa no mesmo dia, em um momento que sabia que não encontraria ninguém em casa. Enxugou as lágrimas, bebeu água para tentar acabar com seus soluços, encarou os vizinhos o olhando como se ele tivesse matado alguém, e tentou fingir que nada tinha acontecido com seu pai, apenas nunca mais tentou nem tentará novas aproximações. Uma parte dele morreu ali, no esquartejo daquelas palavras, e como todo morto ele estava frio, sem sentimentos...
"Agora é tarde demais, e nós não podemos voltar atrás
Me desculpa, eu não posso ser perfeito"


[Perfect - Simple Plan]


Meu blog recebeu mais um selo de qualidade hoje!!!
Me sinto muito feliz e agradecido a você Gabriel.
Muito Obrigado mesmo *-*
Visitem o Blog do Gabriel, vale a pena: Gabriel

Pelo que eu entendi, o
prêmio é atribuído aos blogs em que os leitores considerem bons e costumam visitar regularmente. _o/

Regra:
Se você recebeu o selo “Diz que até não é um mau blog”, deve fazer uma postagem indicando a pessoa que lhe deu o prêmio com um link para o respectivo blog.
Nesta postagem deverá conter o selo, as regras e suas indicações aos outros blogs ou sites que receberão o prêmio e poderão exibir orgulhosamente o selo em seu blog, de preferência com um link para a postagem em que fala dele e de quem te presenteou.

E os meus blog escolhidos dessa vez são:
~> Num Falei
~> .Cada Um Sabe A Dor E A Delícia De Ser O Que É.
-> Morango Manga

'Parabéns xD

~> Selo Federal

Ganhei da Thamires Sousa nesta manha o SELO FEDERAL!
O Blog dela é fantástico, vale a pena visitar: Thamires Sousa
Obrigado pelo Selo *___*
Adorei!

•Donde surgiu a idéia da criação desse Selo de Qualidade:
O Senado Federal paga uma pequena fortuna a um site para divulgar um banner de 120x60 pixel! E tendo lido em alguns outros blogs a mesma matéria, blogs que relatam um número de visitas maior até mesmo que o próprio site em questão paraiba.com.br, o blog Infox Comp resolveu lançar um novo selo de qualidade: o SELO FEDERAL!
A regra é simples:
Você recebe o SELO FEDERAL por indicação. O premiado deve colocar o selo em seu blog com um link para o site que o indicou e indicar no mínimo mais três sites a ganhar o SELO FEDERAL.



De fato existem muitos blogs que eu adoraria premiar, mas os que eu escolhi foram:
~>
Lovelace
~> Arroiz & Feijão
~> Vinícius D'Ávilla
~> Gabriel → Bloga╝

Participem desse protesto, ops! Premiação!!!


*Obs: Existem outras pessoas que pensei em também dar o prêmio, mas em seguida tive a impressão de que achariam besteira, por isso, e unicamente por isso não o dei a muitas pessoas.
*Obs²: Texto copiado e redigido do site criador do selo, portanto é de inteira responsabilidade dele a veracidade dos fatos descritos acima.

"Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem

Pois sou criança e não conheço a verdade
Eu sou um poeta e não aprendi a amar
"

Ouvimos músicas todos os dias, mas é apenas ao vivê-las que entendemos seu verdadeiro significado e porque de fato fazem tanto sucesso...
Sem postagem grande, sem apelos, sem mais explicações, apenas pensem...

O relógio marcava 10:19 da manha, a dor de cabeça insistia em assolá-lo mesmo depois de ter tomado três remédios. As imagens que retratavam sua última madrugada jamais seriam esquecidas, por mais que ele tentasse, aqueles gritos jamais deixariam de ser ecoados em seus ouvidos[...]

_ Uma festa hoje a noite? Claro que eu vou!
_ Então tá, a galera vai tá toda aqui te esperando, vê se não se atrasa heim! - Dizia um amigo seu ao desligar o telefone.
Entusiasmado com a festa, rapidamente começou a arrumar-se...
_ Ih... Pra onde você vai heim? - perguntou sua prima que passava o final de semana com ele, como em todas as vezes que seu noivo viajava a trabalho.
_ Vou pra uma festa aí, me empresta o carro?
_ Claro, toma. - dizia ela ao entregar-lhe as chaves - Vê se não chega muito tarde, seu pai ainda quer que você dê uma olhada nos papéis daquela agência de automóveis que ele quer comprar.
_ Pode deixar, até umas duas eu volto, beijão! - Dizia ele ao sair de casa.

Os pneus "cantavam", a música alta no carro não o permitia escutar mais nada. Ele deslizava nas estradas enquanto cantarolava sua música favorita:
"Longe de casa

Há mais de uma semana
Milhas e milhas distante
Do meu amor
Será que ela está me esperando
Eu fico aqui sonhando
Eu vôo alto
Chego perto do céu
"

Ao chegar na festa, mal podia acreditar, realmente "a galera toda estava lá", a noite prometia. Entre taças e taças de bebida o ambiente ficava cada vez mais descontraído e divertido, eles voltavam a ser crianças...

O relógio já passava das 3 da manha, das centenas de pessoas que haviam participado da festa, poucos ainda estavam lá, a festa estava acabando...
_ Eu tenho que ir embora, amanha cedo eu tenho faculdade e ainda tenho que dar uma olhada em uns papéis pro meu pai... - Dizia ele a uma de suas colegas
_ Claro, vai lá gato, amanha nós conversamos melhor, a não ser que você queira me dar uma carona...
_ Sempre, entra aí! - Dizia ele ao abrir a porta do carro de sua prima.
_ Você não acha que já bebeu demais pra tá dirigir não? - Dizia sua amiga ao entrar no carro.
_ Relaxa aí, eu sou motorista! - Dizia ele com um leve sorriso no rosto - Quem sabe sabe, não tem essa não!

Os dois conversavam enquanto ele se exibia cortando os poucos carros que ainda trafegavam pela intensa avenida. Como as duas crianças que o álcool os transformou, pareciam jogar um joguinho de videogame. Até que numa dessas, em uma simples curva, por um simples ato de desatenção, acabou não medindo bem os espaços e batendo bruscamente em um carro que em boa velocidade cruzava a avenida. GAME OVER!

Ele tonto, ainda não media as conseqüência de seus atos. Confuso em meio a total cena de destruição, ele ouve gemidos que em seguida desabrochavam horrendos gritos vindos do outro carro. Era o de uma mãe ao olhar para o lado do banco de motorista e ver seu marido já sem vida, ao olhar para trás e ver seu filho na mesma situação do pai.

Sua amiga nunca mais conseguiu andar graças ao acidente, aquela mulher do outro carro, nunca mais terá sua família de volta. E ele? Ah, ele foi fichado pela polícia e voltou a sua vida normal semanas depois...

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Esse texto é uma homenagem ao Presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva por sancionar a Lei Seca que entrou em vigor no dia 20 de Junho deste ano. Essa lei certamente evitará que atos de total irresponsabilidade como esse continuem crescendo no Brasil com total impunidade.

~> O Mundo Lá Fora

Sentado no relento do asfalto, sentindo a última gota de água de seu corpo sendo desperdiçada ao piscar de seus olhos, ficava observando o movimento de pessoas pela rua. Ele queria só por 1 minuto voltar a ser aquele médico que era no passado para poder salvar sua própria vida, assim como já havia salvo a de inúmeras pessoas.

Já havia se passado dois anos que ele havia abandonado sua casa, família, amigos e profissão para morar sozinho - Chega de responsabilidades! - Nos primeiros anos, no conforto e na comodidade de morar em uma grande casa sozinho, tudo era um bom motivo para ser festejado, contratar prostitutas, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades e levar a vida sem nenhuma responsabilidade. Acordava a hora que ele quisesse, não tinha que ouvir sua mulher todos os dias lhe dizendo que seu filho havia xingado a professora ou atirado algo em algum de seus colegas de classe, muito menos precisava ver pessoas agonizando até a morte todos os dias de sua vida. Agora ele tinha a vida que pedira a Deus todos os dias a beira de sua cama antes de dormir.

Quase todas as manhas acordava pensativo, tomava seu café e chorava lendo o jornal, lembrando de sua família, pensando como eles deveriam estar naquele momento. Seus novos amigos, certamente mais companheiros e afetuosos que os outros, sempre o acompanhavam em suas aventuras e o mostravam boas alternativas de se esquecer dos problemas e se afastar das recordações.

Não durou mais de um ano e meio e ele não tinha mais nenhum centavo de todo o dinheiro que havia guardado em sua conta, tudo havia sido gasto em bebidas, drogas e prostitutas. Os novos amigos já não eram os mesmos nessa época, não faziam questão de sair com ele, ou muito menos se preocupavam em alegrá-lo.

O governo o pressionava a pagar todas as contas atrasadas, o dono da casa já havia inúmeras vezes ameaçado despejá-lo. Foi nesse meio tempo, entre uma de suas intensas viagens que ele se viu numa mesa de hospital. Ele não se lembra de muita coisa, apenas de ter ouvido uns dos médicos dizerem que seria mais prudente apagá-lo...

A luz feria seus olhos, ele sentia seu corpo formigar, foi apenas depois de alguns relutantes minutos que ele finalmente conseguiu abrir os olhos. - Doutor, venha até aqui, ele acordou! - Gritava a enfermeira entusiasmada.

Aos poucos um homem se aproximava da cama e o olhava fixamente nos olhos. Seus olhos eram muito parecidos com os seus, seus cabelos castanhos o lembravam alguém que ele não recordava, sua expressão retratava claramente uma emoção que excedia a frieza do olhar de um médico a um simples paciente. Aos poucos, um sorriso esboçava em seu rosto, que misturado as primeiras lágrimas que escorriam em sua face dizia suavemente: "Pai..."

Ele havia ficado em coma por pelo menos dois anos, os médicos já haviam dado o caso como sem solução, exceto um de seus filhos, que havia se formado em medicina a menos de seis meses. Sua esposa e seu outro filhinho, mesmo sem muitas esperanças o visitavam quase todos os dias, a espera de um milagre...

Ele se recuperou, depois de algumas sessões de fisioterapia e muitos outros cuidados médicos, se recuperou e voltou a ser o que era antes, entretanto, jamais voltou a pensar como antes, disso tudo ele aprendeu que por mais intenso e prazeroso que possa ser o mundo lá fora, não passa de um mundo sem qualquer tipo de perspectiva de vida, um mundo sem objetivo, vazio, sem sentimentos, sem graça, sem sal...

~> Meninos Não Choram

A cada minuto que se passava, todas as suas expectativas e esperanças eram destruídas, uma a uma. Ele não tinha mais voz pra discutir, toda a paixão e o desejo que estavam em seu corpo, toda a alegria, iam se transformando em ódio, misturados ao clássico sentimento de revolta.

Aquele garoto alegre, espontâneo, agora estava acuado em um canto da sala de aula, enquanto a professora junto com o resto da classe desvendava os mistérios da genética.
Ele queria chorar, queria sair gritando aos quatro cantos como se sentia decepcionado com tudo aquilo, queria abandonar o barco e esquecer aquela louca paixão que o dominava, mas meninos não choram, sentimentos de verdade não mudam e uma paixão de verdade não esfria, mesmo com o balde de água fria que haviam o jogado...

Amor é paz, é tranqüilidade, é carinho, é afeto, é saber que tem algo para se apoiar nos momentos difíceis, algo pra vida inteira. Paixão é viver intensamente, é delírio, inconsciência, é decepção, é sofrimento, é algo que se tem hoje sem saber se terá amanha novamente, mas como o amor, é um sentimento lindo que mesmo que quiséssemos, seríamos humanamente incapazes de esquecer.

A decepção foi enorme, mas a paixão é gigantesca...

Entre todos aqueles olhares que o fuzilavam, querendo saber o que havia com ele, surgia um olhar como resposta, que claramente falava: "Não se preocupem, eu vou ficar bem..."

"Um grande amor não se acaba assim

Feito espumas ao vento
Não é coisa de momento
Raiva passageira
Mania que dá e passa
Feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá para apagar[...]"



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