~> Soneto de (in)fidelidade

De tudo, ao meu amor seria atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encantaria mais meu pensamento

Queria vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor ia espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procurasse
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu poderia lhe dizer do amor (que tive):
Que não fosse imortal, posto que era chama
Mas que fosse infinito enquanto durasse.


(Intertextualidade com o "soneto de fidelidade" de Vinícius de Moraes)

6 Comments:

  1. Anônimo said...
    que lindo.
    o poeta é sempre bem-vindo.
    legal o post.
    Flá Romani... said...
    Esse Soneto é maravilhosooo, sem palavras

    absurdo de lindo
    Anônimo said...
    cachimbodosaci@blogspot.com

    No cachimbo do Saci.

    Um blog que satiriza as
    sub-celebridades e Moc!
    Anônimo said...
    Já vou retribuindo o carinho e comentando de volta! *-*

    Batman eu ainda não vi e Eu Sou a Lenda tá na lista de filmes a serem comentados faz um bom tempo! Juro que vai ser o próximo! :D
    Nério Júnior said...
    Palavras apenas!Mudam o sentido da vida! E das poesias...

    http://neriojunior.blogspot.com
    grupo gauche said...
    ahahahaha muito bom esse intertexto! muitos deveriam conhecer pelo menos essa versão! parabens pelo blog!

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